Carlos Nougué
1) No Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo, o jovem Tomás escrevia: “Portanto, deve dizer-se, com outros, que o nome ‘verbo’, por virtude do vocábulo, pode tomar-se personaliter e essentialiter [pessoalmente e essencialmente]”.
2) Em De veritate, um Tomás recém-entrado na
vida intelectual adulta já escrevia: “Se ‘verbo’ se toma propriamente no
divino, não se diz senão personaliter; se, em contrapartida, se toma
comumente [ou em geral], pode dizer-se também essentialiter”.
3) Mas na Suma Teológica o S. Tomás mais
maduro é taxativo: “O nome ‘Verbo’ no divino, se se toma propriamente, é nome
pessoal e nullo modo essentiale [de modo algum essencial]”.