Carlos Nougué
Os grandes Santos e Doutores católicos sempre
consideraram que a perda de territórios cristãos para os inimigos da fé é um
castigo de Deus pelos pecados, pelas heresias e pela apostasia dos próprios
cristãos. Di-lo expressamente, por exemplo, Santo Tomás (em "Do
Reino"), e vários outros com respeito, ainda por exemplo, à perda da
África para o islamismo. E sem dúvida a "reforma" luterana foi um
flagelo pelo renascimento pagão dos séculos XV e XVI. São os flagelos de Deus,
ou seja, sua permissão para tais males. E é outra vez o que vemos hoje, por
exemplo, na Espanha e, ainda mais agudamente, no Chile: profanam-se cemitérios
cristãos, queimam-se igrejas, etc. Mas a Espanha, que talvez tivesse sido a
nação mais cristã de todas e por mais tempo, acabou por apostatar; o Chile, por
seu lado, foi palco dos maiores escândalos morais do clero e da hierarquia. Há
saída para isso? Reentronize-se a Cristo, reassuma a hierarquia seu papel de
pastora e de guardadora do depósito da fé, e penitenciemo-nos todos de nossos pecados.
Não há outro meio de aplacar a ira divina.