quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A INSANA LAICIDADE

                                                                                                                                 Carlos Nougué

A defesa de Francisco da “sã laicidade” não é senão continuação de um crime hediondo começado no CVII: a hierarquia conciliar estimula a laicização das nações. Mas isto vai contra Inocêncio III, Bonifácio VIII, Leão XIII, S. Pio X, Pio XI, Pio XII; vai contra Santo Tomás de Aquino e todos os outros doutores; e vai, sobretudo, contra Cristo, que disse a seus apóstolos: “Foi-me dado todo o poder no céu e na TERRA: ide, pois, e batizai todas as NAÇÕES”. Servem pois para esta horrenda hierarquia da Igreja, que quer que esta se confunda com o mundo, estas palavras tremendas de Pio XI na Quas primas: “No juízo final, Jesus Cristo acusará os que o expulsaram da vida pública e, em razão de tal ultraje, aplicará a mais terrível vingança”.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA MEU CURSO GRATUITO "A ATUAL CRISE NA IGREJA"

https://cursos.estudostomistas.org/curso/a-igreja-e-sua-crise-atual?fbclid=IwAR0mjFqd_WfTlBvi0Bi-AEqMhpl0RNF2r1K3mFomaeRscGJH22jTlQvyhpc

A partir da primeira semana de novembro, toda semana irá ao ar uma aula das 12 do curso gratuito "A Atual Crise na Igreja". Para ter acesso às aulas, basta inscrever-se nesta página. Nele tratarei o seguinte:

1) O que é a Igreja e o que é o magistério da Igreja.

2) Quais são os modos e os graus de autoridade deste magistério; e distinção entre magistério autêntico e magistério privado.

3) Se a Igreja inteira é por si indefectível na fé.

4) O novo modo de magistério inaugurado pelo CVII e pelos papas que o seguem.

5) O que é a hermenêutica da continuidade e quais são as diversas correntes na Igreja atual.

6) Se desde o CVII a hierarquia eclesiástica vai contra o magistério autêntico de dois mil anos da Igreja e, se vai, em que pontos doutrinais.

7) Se a Igreja pode ficar sem papa e sem episcopado.

8) Se um papa pode incorrer em desvio da fé e em que condições.

9) Se por incurso em desvio da fé um papa perde ipso facto a jurisdição, e se se pode depor um papa herético.

10) Se a existência de um papa desviado da fé contraria a promessa de Cristo de que contra a Igreja não prevaleceriam as portas do inferno.

11) O que é a apostasia na Igreja predita por S. Tomás em seu Comentário à Segunda Epístola aos Tessalonicenses.

12) A Igreja, a história e o fim dos tempos segundo o Apocalipse de São João e segundo os dois sinais dados por Cristo para a proximidade do fim; e se se podem estipular datas, ainda que aproximadas, para o fim.

Apêndice: Missa tridentina versus missa nova – um detalhado estudo comparativo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

ESTÁ CORRETO D. VIGANÒ AO DIZER QUE “O FIM DOS TEMPOS ESTÁ AGORA APROXIMANDO-SE DIANTE DE NOSSOS OLHOS”?

 

Carlos Nougué

 

Numerosas vezes já expressei publicamente minha grande admiração por D. Carlo Maria Viganò. É o único membro da hierarquia – além de D. Athanasius Schneider mas ainda mais vigorosamente que este – que já tomou o caminho de retorno à tradição (e não nos esqueçamos de que a crise da Igreja não terá solução senão com o retorno da hierarquia à tradição). Creio, porém, que ele ainda não superou de todo certo liberalismo que infecta o catolicismo norte-americano, razão por que na campanha presidencial vem apoiando a Trump de modo, digamos, acrítico. Naturalmente, há que apoiar a Trump nesta campanha. Se não a ele, a quem mais, senhores católicos liberais? A Biden? Ou a um voto nulo que favorecesse a Biden? Mas deveria tratar-se de apoio expressa e publicamente crítico, ou seja, a tão somente um “mal menor”. Por outro lado, ademais, acaba D. Viganò de dar uma estupenda entrevista a Life Site: “Archbishop Viganò sees evidence ‘that the end times are now approaching before our eyes’” (https://www.lifesitenews.com/blogs/archbishop-vigano-sees-evidence-that-the-end-times-are-now-approaching-before-our-eyes). É de tocar o coração de qualquer católico que não tenha perdido o senso da tradição. Quanto, porém, e data venia, a que a proximidade do fim dos tempos esteja bem diante de nossos olhos, tal é dito, parece-me, sem as devidas explicitações.

1) Antes de tudo, concedo perfeitamente que os dois sinais dados por Cristo para a proximidade do fim (apostasia das nações e abominação da desolação instalada no lugar santo) parece que já se cumpriram ou estão cumprindo-se. Mas insisto: é essencial este parece.

2) Depois, quando na Escritura se usa o termo “aproximação”, não se quer necessariamente dizer com isso que o acontecimento de que há aproximação já bata às portas. Porque, ainda que se considere que aqueles dois sinais dados por Cristo se referem a acontecimentos anteriores ao advento do último Anticristo, entre a morte deste e o fim dos tempos, todavia, decorrerá um tempo que é estrito segredo de Deus. Há múltiplas as opiniões ou hipóteses quanto a isto. Eu tendo a crer que será ínfimo. Mas pode ser de mil, dois mil anos, etc.

3) Ademais, é parte do mesmo segredo de Deus o tempo que decorrerá entre o cumprimento dos dois sinais dados por Cristo (se se considera que a "abominação" é anterior e não simultânea ao derradeiro Antricristo) e este. Com efeito, quanto tempo durará a atual sexta-feira da paixão da Igreja? Nada sabemos disto, igualmente.

4) É natural que os católicos queiramos a Parusia, a segunda vinda de Cristo, e a Jerusalém celeste final, sobretudo se estamos sob o grande sofrimento que nos causa a atual apostasia na Igreja. Mas devemos conter as ânsias de nosso coração e preparar-nos para o que venha, porque sempre devemos dizer a Deus: Seja feita a vossa vontade.

5) Além disso e por fim, como dizia S. Agostinho, erram os que queiram determinar, ainda que aproximadamente, o tempo do fim, quer afastando-o, quer aproximando-o em termos literais. Mas sobretudo erra aquele que o diz próximo em sentido literal, porque, se o faz e o fim não se dá proximamente em termos literais, isso pode abalar a fé de muitos. 




domingo, 25 de outubro de 2020

CRISTO – O CORDEIRO – É O REI UNIVERSAL

                                                                                                                                 Carlos Nougué

 Cristo é o Rei universal, e o é a duplo título: a) por direito de natureza por sua união hipostática; e b) por direito de conquista, de redenção, de resgate do gênero humano por sua paixão e morte na cruz. Disse-o o mesmo Jesus: “Omnia potestas data es mihi in cœlo et in terra” (Foi-me dado todo o poder no céu e na terra) (Mat. 28, 18). Por isso também as nações (ou seja, a política, as leis, a economia, as artes, etc.) hão de estar ordenadas a Ele e conformadas por Ele. Se não o estão, são cadáveres de sociedade e pasto de demônios.



sábado, 24 de outubro de 2020

CURSO MEU – GRATUITO E EM 12 AULAS – SOBRE A IGREJA E SUA CRISE ATUAL

                                                                                                                               Carlos Nougué

A partir da primeira semana de novembro, toda semana irá ao ar uma aula das 12 do curso gratuito "A Igreja e Sua Crise Atual". Para ter acesso às aulas, basta inscrever-se nesta página. Nele tratarei o seguinte:

1) O que é a Igreja e o que é o magistério da Igreja.

2) Quais são os modos e os graus de autoridade deste magistério; e distinção entre magistério autêntico e magistério privado.

3) Se a Igreja inteira é por si indefectível na fé.

4) O novo modo de magistério inaugurado pelo CVII e pelos papas que o seguem.

5) O que é a hermenêutica da continuidade e quais são as diversas correntes na Igreja atual.

6) Se desde o CVII a hierarquia eclesiástica vai contra o magistério autêntico de dois mil anos da Igreja e, se vai, em que pontos doutrinais.

7) Se a Igreja pode ficar sem papa e sem episcopado.

8) Se um papa pode incorrer em desvio da fé e em que condições.

9) Se por incurso em desvio da fé um papa perde ipso facto a jurisdição, e se se pode depor um papa herético.

10) Se a existência de um papa desviado da fé contraria a promessa de Cristo de que contra a Igreja não prevaleceriam as portas do inferno.

11) O que é a apostasia na Igreja predita por S. Tomás em seu Comentário à Segunda Epístola aos Tessalonicenses.

12) A Igreja, a história e o fim dos tempos segundo o Apocalipse de São João e segundo os dois sinais dados por Cristo para a proximidade do fim; e se se podem estipular datas, ainda que aproximadas, para o fim.

Apêndice: Missa tridentina versus missa nova – um detalhado estudo comparativo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A APOSTASIA DO PAPA FRANCISCO

 Carlos Nougué

O Padre Calderón, na segunda edição de A Candeia debaixo do Alqueire, diz que o pontificado do Papa Francisco não faz senão confirmar sua doutrina de que o magistério conciliar, em vez de impor sua autoridade doutrinal, a depõe por liberal. E isto é a mais absoluta verdade. Mas eu vou além, e digo que o pontificado de Francisco marcha velozmente para a apostasia. (E não venham os desonestos defensores do indefensável negá-lo: Francisco apoiou, sim, no malfadado vídeo, a união civil homossexual – e talvez ainda me indignem mais seus apoiadores e suas nada lisas mágicas verbais do que o mesmo papa. Ademais, veja-se isto: aqui.) E o que digo não faz senão confirmar várias coisas que escrevo em “Do Papa Herético” e em “Se Se Deve Rezar pela Salvação do Mundo” (ambos em Do Papa Herético e outros opúsculos: aqui). 1) Francisco, repito-o, parece marchar para a apostasia. 2) O magistério conciliar não é magistério autêntico da Igreja, mas reduz-se a magistério privado, razão por que não tem grau algum de autoridade doutrinal. 3) Não só o milênio anunciado no Apocalipse de São João parece já ter-se cumprido (de Constantino a Bonifácio VIII) e certamente já se deu a apostasia das nações, mas também parece que se está cumprindo, bem diante de nossos olhos, o outro sinal dado por Jesus Cristo para a proximidade do fim: a abominação da desolação instalada no lugar santo. 4) A deriva liberal começada pelo Concílio Vaticano II não faz que os papas conciliares, incluindo Francisco, percam ipso facto sua jurisdição (como querem os sedevacantistas), mas os deixam com jurisdição precária (assim como um tirano tem jurisdição civil precária): mereceriam não ser papas. 5) Tudo o que estamos vivendo não faz senão confirmar as palavras proféticas de S. Tomás de Aquino (no Comentário a II Tessalonicenses): trata-se da apostasia na Igreja, pela qual muitos nela abrirão os braços para o Anticristo (e mostrarei em meu “Comentário ao Apocalipse” que o sol que se escurece e a estrela que cai no livro profético de S. João são, justamente, referências à perda da fé pela hierarquia da Igreja). 6) Devemos abandonar-nos com inteira confiança aos desígnios de Deus, e esperar, com esperança teologal, sobretudo a Jerusalém celeste final: Vinde logo, Senhor Jesus.   

Observação: alguém me pediu que fizesse um curso sobre os graus de autoridade do magistério da Igreja. Mas justamente meu livro Do Papa Herético já diz tudo quanto há que dizer sobre isto.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

SANTO TOMÁS ERROU E DUNS SCOT ACERTOU QUANTO À IMACULADA CONCEIÇÃO?

 Carlos Nougué

Junto com S. Bernardo, S. Alberto Magno e S. Boaventura, S. Tomás errou quanto à Imaculada Conceição; todos estes grandes Santos e Doutores marianos, além de muitos outros, a negaram. (São vãs as tentativas de tomistas de negar que S. Tomás o tenha feito.) Mas não cometeram heresia: o assunto ainda era disputado, seis séculos antes da definição do dogma por Pio IX. Quanto a Duns Scot, é falso dizer que defendeu a Imaculada Conceição; apenas defendeu sua possibilidade, dizendo-a porém igual à possibilidade de que não a tivesse havido. O resto é lenda propagada pelos scotistas. Mostro tudo isto em meu novo curso, “Maria Puríssima”, que começa nesta quinta: 

https://cursos.estudostomistas.org/curso/maria-purissima/?fbclid=IwAR1FZXT1GXRDUiOKrVeVznWCf_MAOhhW_VHhfIQ_5uSy9ebRsVieoJ7pQHQ

OS FLAGELOS DE DEUS

                                                                                                                                  Carlos Nougué

 Os grandes Santos e Doutores católicos sempre consideraram que a perda de territórios cristãos para os inimigos da fé é um castigo de Deus pelos pecados, pelas heresias e pela apostasia dos próprios cristãos. Di-lo expressamente, por exemplo, Santo Tomás (em "Do Reino"), e vários outros com respeito, ainda por exemplo, à perda da África para o islamismo. E sem dúvida a "reforma" luterana foi um flagelo pelo renascimento pagão dos séculos XV e XVI. São os flagelos de Deus, ou seja, sua permissão para tais males. E é outra vez o que vemos hoje, por exemplo, na Espanha e, ainda mais agudamente, no Chile: profanam-se cemitérios cristãos, queimam-se igrejas, etc. Mas a Espanha, que talvez tivesse sido a nação mais cristã de todas e por mais tempo, acabou por apostatar; o Chile, por seu lado, foi palco dos maiores escândalos morais do clero e da hierarquia. Há saída para isso? Reentronize-se a Cristo, reassuma a hierarquia seu papel de pastora e de guardadora do depósito da fé, e penitenciemo-nos todos de nossos pecados. Não há outro meio de aplacar a ira divina.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A PÁGINA DE PRÉ-INSCRIÇÕES PARA MEU CURSO “MARIA PURÍSSIMA”

Eis o link para a página de pré-inscrições para meu curso “Maria Puríssima”. Uma observação: todos os que fizerem a pré-inscrição (que durará somente até o dia 21 próximo) terão direito a comprar com 40% de desconto qualquer ou quaisquer livros meus saídos pelas Edições Santo Tomás. – Maria sempre!

https://cursos.estudostomistas.org/curso/maria-purissima



sábado, 10 de outubro de 2020

POR QUE FAZER O CURSO "MARIA SANTÍSSIMA"

  

Carlos Nougué

Se você quer ter conhecimento suficiente sobre Maria Santíssima e seus privilégios singulares, conhecimento capaz de consolidar sua fé e fazê-lo calar qualquer antimariano que lhe apareça pela frente, faça meu curso “Maria Puríssima”. As pré-inscrições começam nesta segunda-feira 12 e vão até o dia 21. No dia 22 as aulas já estarão no ar. Em verdade, estas aulas corresponderiam a um livro de cerca de 600 páginas, as mesmas que, mutatis mutandis, comporão o volume 1 de meu livro Questões Disputadas sobre Maria SS.; o volume 2, de questões mais árduas, terá aproximadamente o mesmo número de páginas. Pobre Marcel Barboza: ainda levarei à falência sua editora... – Quero crer, no entanto, que será não só minha obra magna, mas meu canto de cisne. Pretendo dedicar minha derradeira velhice Àquela que é a Medianeira de todas as graças, e portanto da graça da boa morte. Maria sempre!

Veja-se aqui a ementa do curso:

https://www.estudostomistas.com.br/2020/10/o-programa-do-curso-maria-purissima-e.html

 



O CONCÍLIO VATICANO II

         A palestra que se vê no vídeo cujo link dou abaixo, e que ministrei em BH há muito tempo, é fruto de meu primeiro contato com a obra daquele que tenho por mestre: o Pe. Álvaro Calderón. Tinha acabado de traduzir seu definitivo A Candeia Debaixo do Alqueire. Depois disso, meu tomismo, até então desordenado, já não seria o mesmo. E, se hoje já consigo voar com minhas próprias asas, tal não se deve senão a que Deus me deu a graça de ser discípulo dócil antes de arvorar-me a qualquer coisa. – Pois bem, só publico aqui este vídeo porque o amigo Paulo Oliveira Neto diz que é bom. Como quer que seja, qualquer mérito nesta palestra será do Pe. Calderón, e qualquer demérito será meu.

https://www.youtube.com/watch?v=gLJ1P0Zq4d8&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3dhhi78YCsLpZPOllq9HPjtSrQjYdq9Z5XFCKPlXW1-Y0h9NNVkdsMaeI

REFLEXÃO LÓGICO-METAFÍSICA

 

Carlos Nougué

Uma coisa é dizer que os entes de razão e as relações de razão chamados lógicos não têm fundamento próximo na realidade extramental, porque tais entes, com efeito, não abstraem nenhuma quididade nova. Uma coisa, também, é dizer que entes imaginários como o unicórnio ou o centauro não têm fundamento próximo nem remoto na realidade extramental (razão por que, aliás, em certo sentido são os entes mais propriamente ditos de razão; embora eles, enquanto são mesclas imaginárias de coisas reais, tampouco deixem de ter certo respeito à realidade extramental). Outra coisa, porém, é negar que enquanto tais, ou seja, enquanto produtos de nossa mente, todos esses entes e relações de razão existem de fato, são de fato, são, enfim, reais. Cai-se com esta negação numa sorte de irrealismo, porque, com efeito, tudo o que se produz em nossa mente é tão real como ela, se, insista-se, se considera em si mesmo e não com respeito à realidade extramental. Insista-se ainda: as operações e as obras de nossa mente fazem todas parte, justamente, da realidade mental, de modo que, se obviamente um juízo falso sobre a realidade extramental não encontra lugar nesta, nem por isso, todavia, deixa de estar solidamente assentado na realidade mental. Mas tudo isto, que começa a tratar-se na Lógica, só pode compreender-se perfeitamente quando se alcança a Metafísica, a rainha das ciências, aquela de que todas as demais ciências não são senão partes potenciais. Não podemos, contudo, enquanto estamos na Lógica, erguer muros de incompreensão que se mostrem instransponíveis ao alcançarmos a Metafísica, motivo por que o melhor professor de Lógica não pode ser senão o lógico-metafísico (assim como o melhor professor de Música há de ser o músico-matemático, et reliqua).

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

CRISE DE AUTORIDADE NA IGREJA E A "FRATELLI TUTTI" DO PAPA FRANCISCO

                                                                                                                                Carlos Nougué

 Este vídeo foi gravado na época do Sínodo da Amazônia e da Pachamama. Mas de modo algum perdeu atualidade, e vale perfeitamente para a Encíclica Fratelli tutti do Papa Francisco. Antes de tudo, Francisco está em perfeita continuidade com o CVII e seus outros papas. Di-lo ele mesmo: Também no campo ecumênico o caminho vem de longe, com os passos de meus antecessores. Esse é o caminho da Igreja [pós-conciliar]. Não sou eu. Eu não dei nenhuma aceleração. À medida que seguimos em frente, o caminho parece ir mais rápido, é o ‘motus in fine velocior’”. Sucede, porém, que o é por dois aspectos. Primeiro: enquanto renuncia ao caráter docente do papado, porque crê, com o CVII e todos os seus outros papas, que o conjunto da Igreja, o Povo de Deus, é infalível na fé por si – o que constitui doutrina herética. Segundo: sua como que maçônica encíclica, cujo fim é propor uma harmonia fraterna universal (entre comunistas, marcusianos, capitalistas, liberais, muçulmanos, abortistas, católicos, etc.), foi não só aplaudida pela maçonaria espanhola (e talvez outras), mas não é senão continuação e aprofundamento do propugnado na Gaudium et spes do CVII. Diz-se ali: “Isto vale não somente para os cristãos, mas também para todos os homens de boa vontade, em cujo coração obra a graça de modo invisível. Cristo morreu por todos, e a vocação suprema do homem, em verdade, é uma só, isto é, a divina. Em consequência, devemos crer que o Espírito Santo oferece a todos a possibilidade de que, em forma só de Deus conhecida, se associem a este mistério pascal [...]. Pois os bens da dignidade humana [são] a união fraterna e a liberdade, em uma palavra: todos os frutos excelentes da natureza e de nosso esforço [...]”. Ou seja, Francisco é o CVII e seus outros papas sem quase nenhum dos adornos católicos que ainda usavam para decorar e edulcorar sua heresia. (E ainda aparece um defensor do indefensável para dizer que também Leão XIII defendera a tríade liberal-maçônica “liberdade, igualdade e fraternidade” em seu magistério... É difícil não concluir que o diz por malícia. É evidente, para quem lê sem malícia seus documentos, que este combatente sumo da maçonaria diz apenas que o verdadeiro sentido de tais palavras é o dado pelo católico e não pelo liberal e maçom.) Mas insisto no que digo no vídeo abaixo e neste opúsculo: https://www.estudostomistas.com.br/2020/01/as-diversas-correntes-na-igreja-atual_23.html: não poderíamos criticar o CVII e seus papas, incluindo Francisco, se antes não tivéssemos certeza de que eles, em vez de impor sua autoridade doutrinal, a depuseram, por liberais.



 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A EMENTA DO CURSO “MARIA PURÍSSIMA”, SUA JUSTIFICATIVA E SUA BIBLIOGRAFIA

 Carlos Nougué

 

A pré-inscrição para meu curso “Maria Puríssima” começa na próxima semana. Vejamos antes de tudo sua ementa. 

I) Em suas dez aulas, tratarei: 

1) As regras da fé

a) Regras remotas: as Escrituras e a Tradição

§ Revelação explícita e revelação implícita ou virtual

§§ Padres e Doutores marianos

b) Regra próxima: o magistério autêntico da Igreja

§ Magistério infalível e magistério meramente autêntico

§§ Síntese prévia do magistério da Igreja quanto a Maria 

2) O que é a chamada Mariologia 

3) Profecias marianas diretas e indiretas

§ Se a mulher revestida de sol no Apocalipse é Maria SS. 

4) Maria Mãe de Deus

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

5) Maria Mãe espiritual dos homens

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

6) Maria Mediadora

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

7) Maria Corredentora

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

8) Maria cooperadora na distribuição de todas as Graças

 Segundo as Escrituras

 Segundo a Tradição

 Segundo o magistério da Igreja

 Considerações teológicas 

9) Maria Rainha Universal

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

10) Os singulares privilégios de Maria

a) A Imaculada Conceição

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas

§ Por que São Bernardo de Claraval, Santo Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino e São Boaventura negaram a Imaculada Conceição, e se por isso incorreram em heresia

b) Maria plena de graça

c) A imunidade de todo pecado atual

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas

d) As virtudes de Maria

e) A perfeita e perpétua virgindade de Maria

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas

f) A Assunção de Maria Santíssima ao céu

Segundo as Escrituras

Segundo a Tradição

Segundo o magistério da Igreja

Considerações teológicas 

§ A glória de Maria no céu

11) O culto de Maria 

§ Culto de hiperdulia, seus elementos, seus fundamentos, sua legitimidade, sua necessidade geral

12) Panorama geral do culto mariano em suas formas externas 

Observação: não tratarei no curso os pontos da Mariologia que ainda se disputam mais arduamente entre os católicos. Entre eles estão os seguintes: Se teria havido a Encarnação e pois a maternidade divina se Adão não tivesse pecado; Se Maria também é Mãe espiritual dos anjos; Se Maria percorreu todas as fases da concepção humana, ou seja, a partir do zigoto; Se Maria teve uso da razão desde sua concepção; Se Maria teve ciência infusa e, se a teve, em que grau; Se Maria teve a visão beatífica; Se a predestinação de Maria se deu em previsão de seus méritos; Se Maria padeceu morte corporal; Se a devoção a Maria é indício ou causa de eleição ou salvação. Todos estes pontos (e outros) deixá-los-ei para o livro Questões Disputadas sobre Maria SS., por lançar-se no fim de 2021. 

II) Justificativa do curso

a) Ele será em si mesmo certo ato de devoção e de culto a Maria SS.

b) Será também certo ato de reparação pelas blasfêmias e sacrilégios que se têm cometido contra a Mãe de Deus, sobretudo na Internet.

c) Formará os católicos para a defesa sem titubeios de Maria Mãe de Deus e nossa e de seus singulares privilégios. 

III) A bibliografia central em que se funda o curso

• Cardeal Franzelin, Tractatus de divina Traditione

• Gabriel M. Roschini, O. S. M., La Madre de Dios según la Fé y la Teología (2 vols.);

• Benito Enrique Merkelbach, O. P., Mariología, tratado de la Santísima Virgen María Madre de Dios y Mediadora entre Dios y los hombres;  

• o volume Mariología da B.A.C. (dois tomos);

• Padre Faber, Ao Pé da Cruz – ou as Dores de Maria;

• Pier Carlo Landucci, Maria Santíssima no Evangelho;

• São Luís Maria G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem;

• Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria;

• todos os documentos do magistério da Igreja a respeito de Maria SS.;

• etc.

Espero-os a todos no curso. Para isso, o valor da inscrição será muito acessível. Muito obrigado desde já.




sábado, 3 de outubro de 2020

ENFIM SERÁ LANÇADA ENTRE NÓS A OBRA DO MAIOR DOS HISTORIADORES

 


CRÍTICAS À "SUMA GRAMATICAL"?

  

Carlos Nougué

 Vejo alguns jovenzinhos e alguns velhinhos criticar minha Suma Gramatical da Língua Portuguesa. Por quê? Porque eu separaria Gramática e Literatura; e há até algum que diz que minha visão da Gramática é tecnicista, razão por que elimino dela a “estilística”. Como nos diz S. Paulo, devemos ser pacientes. Mas como não ver em tais críticas – posta de lado a suspeita de má intenção, que em geral cabe a Deus julgar –, como não ver nelas a mais pura incapacidade de entender algo mais complexo? Em verdade, é isto mesmo: não se trata de críticas, mas de incompreensões, razão por que podem reduzir-se a petições de princípio.

1) Afirmo na Suma e reafirmo aqui que a Gramática e a Poética (ou Literatura) são artes distintas. Por isso é que Guimarães Rosa pode considerar-se um grande literato, ainda que não siga nem minimamente a Gramática.

2) A Gramática, COMO DITO NA SUMA, deve basear-se nos melhores escritores não literários e NOS ESCRITORES LITERÁRIOS QUE SIGAM AS REGAS GRAMATICAIS. Talvez, pois, para meus críticos, também se trate de problema ocular...

3) Todo estilo é individual. Mas toda disciplina intelectual é do geral ou universal, nunca do singular. Por isso, a “estilística” nem sequer existe.

4) Mas, se se diz que a estilística existe, sim, enquanto estuda os estilos gerais dos diversos períodos da literatura, então – o que pode haver de mais óbvio que isto? – a estilística é parte da Literatura, não da Gramática.

E basta, que de fato tenho mais que fazer.

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