Carlos
Nougué
Os primeiros cristãos já
desejavam ardentemente a união final da Igreja (e de cada fiel) com o Esposo,
Cristo, em sua segunda e definitiva vinda ou Parusia (ou Parúsia). Veja-se a
belíssima oração que se lê no primeiro dos catecismos, do século I, conhecido
por “Didaqué” ou “Didaquê” (Διδαχń, ‘ensino’, ‘doutrina’, ‘instrução’) ou
“Doutrina dos Doze Apóstolos”: “Assim como este pão fracionado esteve disperso
entre as colinas e foi recolhido para formar
um todo, assim também, de todos os confins da terra, seja tua Igreja reunida
para o Reino teu... livra-a de todo mal, consome-a por tua caridade, e dos
quatro ventos reúne-a, santificada, em teu reino que para ela preparaste,
porque teu é o poder e a glória nos séculos. Venha a graça! Pereça este mundo!
Hosana ao Filho de Davi! Aproxime-se o que seja santo; arrependa-se o que não o
seja. Maranatha (Vem, Senhor). Amém”.
Observação: tratarei isto detidamente no curso sobre o Apocalipse, o qual,
junto com as próprias inscrições, começará no próximo dia 13, segunda-feira.
Nele mostrarei também a resposta cristã à iníqua doutrina gnóstica de que há um
cristianismo esotérico e outro exotérico. Amanhã darei aqui uma antecipação
disto.