Carlos Nougué
Em dezembro, se Deus quiser, sairá pelas
Edições Santo Tomás e pela Resistência Cultural meu sexto livro: um volumoso Comentário
ao Apocalipse de São João. Trata-se de comentário em moldes tomistas (ou
seja, ao modo como S. Tomás comentou as Epístolas paulinas e outros livros
sagrados: versículo a versículo), mas com particularidades minhas: a saber,
capítulos introdutórios (por exemplo, “Os sentidos das Escrituras”, “O que
distingue o Apocalipse de outras profecias bíblicas, como Ezequiel e Daniel”,
“História dos Comentários ao Apocalipse – dos Padres aos dias atuais”, etc.) e
maior extensão no comentário dos capítulos mais importantes da profecia, como,
por exemplo, o do milênio e o da descrição da Jerusalém Celeste. – Mas o livro
trará dois apêndices. O primeiro será “Da História e Sua Ordem a Deus”, que
explicará a história segundo as quatro causas (material, formal, eficiente e
final), tratará as principais visões não cristãs ou anticristãs da história, e
traçará a história do mundo até hoje quanto ao essencial, com alguma
especulação escatológica em perspectiva. Hão de perguntar-se, porém, por que
deixei de lado o projeto de “Da História e Sua Ordem a Deus” como livro à
parte, como história mais detida do mundo e da Igreja. É que coincidiria com o
escopo que tem o Pe. Calderón em seu estupendo El Reino de Dios – La Iglesia
y el orden político, em verdade apenas o primeiro tomo de quatro. Mas este
apêndice resgatará do antigo projeto os pontos arrolados acima. – O segundo
apêndice será sobre temas, digamos, “genésicos”: a idade do universo e da terra;
a idade dos vegetais, dos animais, do homem; história da pré-história?; o que
são espécie e raça; o Dilúvio e a Arca de Noé; os duvidosos métodos modernos de
datação; a “diáspora” da estirpe de Noé; a torre de Babel; etc.
Como quer que seja, parece-me que o Comentário
ao Apocalipse de São João se defende por si mesmo, ou seja, parece-me que se
justifica por sua urgente necessidade. É preciso tirar das mãos de aventureiros
e teólogos de algibeira, nestes dias de tintas apocalípticas, a hegemonia sobre
os católicos quanto ao fim dos tempos, etc. Ademais, os dois principais
Doutores da Igreja, Santo Agostinho e Santo Tomás, nunca comentaram a profecia
de São João (Agostinho a tratou somente em homilias, ou seja, a modo retórico e
não orgânico). Baste pois por ora o dito. Voltarei a falar do novo livro em data
oportuna.
Observação 1: obviamente, este livro será
um grandíssimo e extenso aprofundamento do que digo no Curso sobre o
Apocalipse.
Observação 2: dada a referida urgência do Comentário
ao Apocalipse, a Suma Retórica fica postergada para o próximo ano –
o que decidi em concordância com José Lorêdo Filho, o dono da Resistência Cultural
(que, como disse, coeditará o Comentário ao Apocalipse de São João). E eis
a palavra – gentil – de Lorêdo quanto a isto:
AVISO – Suma Retórica, de Carlos Nougué
Caros amigos e leitores, Salve Maria
Santíssima.
Muitos de vocês já aguardavam para
setembro a publicação, pela Resistência, da Suma Retórica, do
mestre Carlos Nougué,
certamente um livro que ganhará o status de clássico no gênero. Mas teremos de
esperar um pouco mais, e já explico por quê.
O prof. Carlos Nougué, mercê de sua
prodigiosa capacidade de trabalho, propôs-se a redigir um Comentário ao
Apocalipse de São João, obra que se proporá a oferecer uma visão
genuinamente católica de questão tão espinhosa quanto distorcida como o é o Fim
dos Tempos. Perguntou-me, pois, o mestre, com a sua amabilidade costumeira, se
seria possível esperássemos até o ano que vem para que me enviasse os originais
da Suma Retórica. Dado o caráter emergencial de uma obra que se pretenda
inteiramente amparada no Magistério da Igreja acerca do Apocalipse, minha
resposta não poderia ser outra senão a concordância e, em seguida, o incentivo.
O que poderia, então, parecer um
prejuízo (esperar a publicação de um grande livro é sempre um tormento) acabou por
se revelar uma alegria, pela perspectiva da publicação, em dezembro, do
ambicioso Comentário ao Apocalipse de São João, do prof. Nougué, que a
Resistência, se Deus quiser, publicará em parceria com a Edições Santo Tomás, do querido Marcel Barboza.
Aguardemos só um pouco, e teremos mais
alguns itens no seleto catálogo das obras-mestras.
Um grande e afetuoso abraço – e viva
Cristo Rei.