quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A MARAVILHOSA DEMONSTRAÇÃO TOMISTA DA IMORTALIDADE DA ALMA HUMANA


Na Suma contra os Gentios, S. Tomás, argumentando contra os filósofos (Alexandre de Afrodísias, Avicena, Averróis...) que da necessidade das verdades eternas chegavam a uma suposta eternidade (e unicidade) do próprio intelecto humano, escreve: “Por isso não se pode concluir que a alma seja eterna, mas tão somente que as verdades que o intelecto conhece se fundam em algo eterno. Fundam-se, com efeito, na mesma verdade primeira como causa universal que contém toda a verdade”. Mas daí mesmo decorre o argumento metafísico para a imortalidade da alma humana, que tende para Deus, a primeira verdade, como para seu fim último: “Com respeito a este eterno, a alma humana não está como substância para a forma, mas como coisa para o próprio fim: a verdade é efetivamente o bem e o fim do intelecto. Mas do fim podemos arguir a duração da coisa, assim como de seu início podemos arguir a causa agente: com efeito, o que está ordenado a um fim eterno há de ser capaz de duração perpétua. Por isso, da eternidade das verdades inteligíveis pode provar-se a imortalidade da alma, ainda que não sua eternidade” (II, 84 praeterea).

Esta é só mais uma mostra da superioridade do tomismo sobre todas as demais doutrinas. Todas, diante dele, se mostram minúsculas, enquanto todos os que se negam a aceitá-lo se mostram ou soberbos ou dotados de poucas luzes. Não por nada, portanto, o magistério da Igreja fez sua também a metafísica tomista (especialmente mediante as 24 Teses): inspirou-o também nisto o próprio Espírito Santo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O PERENIALISMO E A EXISTÊNCIA DE DEUS


Carlos Nougué

1) Diga-se antes de tudo que para o perenialismo, como para ao menos boa parte das seitas gnósticas, o Deus criador (ou, segundo sua terminologia, o Demiurgo) não é a divindade máxima; é-o o Não Manifestado (cf. Frithjof Schuon, “A Unidade Transcendente das Religiões”).
2) Naturalmente, não se espere coerência lógica de tão perversa doutrina. E, com efeito, dizem os perenialistas que não há prova racional da existência de Deus, e que não o conhecemos (ou seja, os iluminados gnósticos) senão por experiência direta. Então não raro não deixam claro se estão falando do Demiurgo ou do Não Manifestado. Como quer que seja, porém, cometem com tal “experiência direta” uma heresia condenada várias vezes pelo magistério da Igreja (Vaticano I, 24 Teses Tomistas, etc.).
3) Como todavia querem passar-se por católicos, diante das definições do magistério da Igreja segundo as quais pode demonstrar-se a existência de Deus os perenialistas recorrem às suas "refinadas" artes de berliques e berloques: afirmam que o magistério só disse que se pode demonstrar a existência de Deus, não que já foi demonstrada. É de indignar a desfaçatez. Não só o Vaticano I se funda, em sua definição, em palavras de São Paulo que são como uma prova da existência de Deus ainda que não em forma de silogismo (cf. Carlos Nougué, “Defesa da Terceira Via de Santo Tomás”: https://www.estudostomistas.com.br/…/defesa-da-terceira-via…), como Bento XV aprovou entre as 24 Teses Tomistas justamente as vias de S. Tomás para demonstrar a existência de Deus.
4) Por fim, titânicos e prometeicos como são, os perenialistas recorrem a uma sorte de kantismo para negar as demonstrações da existência de Deus. Mas já refutei cabalmente a crítica kantiana destas demonstrações (cf. “Crítica da crítica kantiana das provas da existência de Deus”: https://www.estudostomistas.com.br/search?q=kantiana).
Observação: para quem queira conhecer a posição estritamente tomista sobre a existência de Deus e a criação do mundo, posição sobre a qual se funda o magistério da Igreja, indico aqui esta palestra minha: https://youtu.be/2FdmSU-qcXw.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Análise do artigo de Olavo de Carvalho publicado na revista Verbum, números 1 e 2, julho e novembro de 2016


Reverendo Pe. Joaquim FBMV
  
1.     O que o autor diz. 

O autor é bastante descritivo e, por vezes, intercala o pensamento de outros autores com o seu, de modo que nem sempre é fácil discernir se está de acordo ou não. Sendo assim, procuraremos ser descritivos e literais nesta primeira parte para, ao procedermos à crítica na segunda parte, só atribuir a ele o que realmente exprimiu como seu.
O professor Olavo de Carvalho começa alinhando-se com a distinção entre os dois universalismos, considerados high e low brow:
“O esclarecimento é este: Não se deve confundir o “universalismo” paródico da Nova Era e da URI com o universalismo high brow da escola dita ‘tradicionalista” ou “perenialista” inspirada em René Guénon, Frithjof Schuon, Ananda K. Coomaraswamy e seus continuadores.
É verdade. São muito diferentes.” (Parte 1, pág. 33)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A "PASCENDI" DE SÃO PIO X


CARTA ENCÍCLICA
PASCENDI DOMINICI GREGIS

DO SUMO PONTÍFICE
PIO X
AOS PATRIARCAS, PRIMAZES,
ARCEBISPOS, BISPOS
E OUTROS ORDINÁRIOS EM PAZ
E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE
AS DOUTRINAS MODERNISTAS

Veneráveis Irmãos,
saúde e bênção apostólica

INTRODUÇÃO

A missão, que nos foi divinamente confiada, de apascentar o rebanho do Senhor, entre os principais deveres impostos por Cristo, conta o de guardar com todo o desvelo o depósito da fé transmitida aos Santos, repudiando as profanas novidades de palavras e as oposições de uma ciência enganadora. E, na verdade, esta providência do Supremo Pastor foi em todo o tempo necessária à Igreja Católica; porquanto, devido ao inimigo do gênero humano nunca faltaram homens de perverso dizer (At 20,30), vaníloquos e sedutores (Tit 1,10), que caídos eles em erro arrastam os mais ao erro (2 Tim 3,13). Contudo, há mister confessar que nestes últimos tempos cresceu sobremaneira o número dos inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artifícios de todo ardilosos, se esforçam por baldar a virtude vivificante da Igreja e solapar pelos alicerces, se dado lhes fosse, o mesmo reino de Jesus Cristo. Por isto já não Nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao Nosso santíssimo dever, e para que se Nos não acuse de descuido de nossa obrigação, a benignidade de que, na esperança de melhores disposições, até agora usamos.
E o que exige que sem demora falemos, é antes de tudo que os fautores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos.
Aludimos, Veneráveis Irmãos, a muitos membros do laicato católico e também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam, postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma Igreja; e cerrando ousadamente fileiras se atiram sobre tudo o que há de mais santo na obra de Cristo, sem pouparem sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia sacrílega, rebaixam à craveira de um puro e simples homem.
Pasmem, embora homens de tal casta, que Nós os ponhamos no número dos inimigos da Igreja; não poderá porém, pasmar com razão quem quer que, postas de lado as intenções de que só Deus é juiz, se aplique a examinar as doutrinas e o modo de falar e de agir de que lançam eles mão. Não se afastará, portanto, da verdade quem os tiver como os mais perigosos inimigos da Igreja. Estes, em verdade, como dissemos, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos conselhos; e por isto, é por assim dizer nas próprias veias e entranhas dela que se acha o perigo, tanto mais ruinoso quanto mais intimamente eles a conhecem. Além de que, não sobre as ramagens e os brotos, mas sobre as mesmas raízes que são a Fé e suas fibras mais vitais, é que  meneiam eles o machado.
Batida pois esta raiz da imortalidade, continuam a derramar o vírus por toda a árvore, de sorte que coisa alguma poupam da verdade católica, nenhuma verdade há que não intentem contaminar. E ainda vão mais longe; pois pondo em obra o sem número de seus maléficos ardis, não há quem os vença em manhas e astúcias:  porquanto, fazem promiscuamente o papel ora de racionalistas, ora de católicos, e isto com tal dissimulação que arrastam sem dificuldade ao erro qualquer incauto; e sendo ousados como os que mais o são, não há conseqüências de que se amedrontem e que não aceitem com obstinação e sem escrúpulos. Acrescente-se-lhes ainda, coisa aptíssima para enganar o ânimo alheio, uma operosidade incansável, uma assídua e vigorosa aplicação a todo o ramo de estudos e, o mais das vezes, a fama de uma vida austera. Finalmente, e é isto o que faz desvanecer toda esperança de cura, pelas suas mesmas doutrinas são formadas numa escola de desprezo a toda autoridade e a todo freio; e, confiados em uma consciência falsa, persuadem-se de que é amor de verdade o que não passa de soberba e obstinação. Na verdade, por algum tempo esperamos reconduzi-los a melhores sentimentos e, para este fim, a princípio os tratamos com brandura, em seguida com severidade e, finalmente, bem a contragosto, servimo-nos de penas públicas.
Mas vós bem sabeis, Veneráveis Irmãos, como tudo foi debalde; pareceram por momento curvar a fronte, para depois reerguê-la com maior altivez. Poderíamos talvez ainda deixar isto desapercebido se tratasse somente deles; trata-se porém das garantias do nome católico.
Há, pois, mister quebrar o silêncio, que ora seria culpável, para tornar bem conhecidas à Igreja esses homens tão mal disfarçados.
E visto que os modernistas (tal é o nome com que vulgarmente e com razão são chamados) com astuciosíssimo engano costumam apresentar suas doutrinas não coordenadas e juntas como um todo, mas dispersas e como separadas umas das outras, afim de serem tidos por duvidosos e incertos, ao passo que de fato estão firmes e constantes, convém, Veneráveis Irmãos, primeiro exibirmos aqui as mesmas doutrinas em um só quadro, e mostrar-lhes o nexo com que formam entre si um só corpo, para depois indagarmos as causas dos erros e prescrevermos os remédios para debelar-lhes os efeitos perniciosos.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

A ESTIMULAÇÃO CONTRADITÓRIA TAL COMO USADA PELOS DEFENSORES DA FALÁCIA DO PROSTÍBULO – OU A SORDIDEZ DA “VERDADE” DE CIRCUNSTÂNCIA

Carlos Nougué

Nota prévia: tentarei ser o mais sucinto possível aqui; mas é impossível tratar este grave assunto em poucas palavras.  

O “psicólogo” comunista Ivan Pavlov (1849-1936) mostrou, com acerto, que a estimulação contraditória é o modo mais rápido e eficaz de romper as defesas psicológicas de uma pessoa ou de uma porção de pessoas, reduzindo-as a um estado de credulidade beata em que aceitarão como naturais as ordens mais absurdas e como verdadeiras as opiniões mais contraditórias. E isto sempre foi atribuído pela direita, com acerto também, à esquerda. Mas eis que os direitistas ou conservadores que defendem a falácia do prostíbulo também se têm mostrado habilíssimos nessa “arte”.
1) Antes de tudo, os que operam a estimulação contraditória devem ser previamente respeitados por tais pessoas reduzidas a uma credulidade beata. Como chegam a ter tal respeito, aí está o que varia segundo o caso. O que importa é que, contando com tal respeito não raro intelectual, esses operadores podem anular a capacidade crítica de seus seguidores dizendo-lhes constantemente as “verdades” mais contraditórias entre si, com o que, insista-se, esses seguidores são capazes até de “atirar-se num abismo” por mandato de seus operadores. Ou seja, são tão incapazes de discernir as contradições em que creem quanto são capazes de servir a seus operadores como soldados disciplinados e denodados. Vejamos como isto se vem dando no caso concreto da falácia do prostíbulo.  
2) Antes de tudo, descreva-se a falácia do prostíbulo. Com efeito, dizem por aí que estimular um pedófilo a ir a um prostíbulo é análogo à pena de morte: um mal menor. Sofisma dos mais grosseiros. Um juiz que condena um criminoso à morte não induz ninguém a pecar; enquanto alguém – incluindo qualquer psicoterapeuta ou psiquiatra ou psicólogo – que estimula outro a ir ao prostíbulo o induz a pecar (e mortalmente, ainda que sob a justificativa de que assim se pode curar o enfermo de sua pedofilia). Logo, o juiz tampouco peca; enquanto o estimulador do pedófilo também peca mortalmente.
3) Posto isso, e que, como é evidente, um vício não pode ser curado com outro vício, mas tão somente com a virtude oposta, os defensores de tal falácia mudam de discurso e tática e dizem: Não se trata de curar a pedofilia com a fornicação num prostíbulo. É apenas o uso provisório de um mal menor. Haja ridiculez! Se assim é, se se trata de alguém com tara de matar crianças (isso existe), e como a morte de velhos com os dias contados seria um mal menor que a morte de crianças, que então provisoriamente o tarado use de matar velhos em estado terminal que queiram morrer. Depois se prosseguirá com o tratamento.
4) Exposta pois a ridiculez de tal “argumento”, emitem-se outros muitos, todos igualmente ridículos e contraditórios entre si, mas brandidos como “verdades” de circunstância. Deem-se alguns exemplos.
a) Se alguém lhes contra-argumenta que o ideal em casos assim seria, por exemplo, a castração química, retrucam: Mas o pedófilo em questão nunca praticou nenhum ato pedófilo; trata-se apenas de uma tendência. Mas, se nunca praticou nenhum ato pedófilo, por que mandá-lo então a um prostíbulo?
b) Não é isso, dizem, mudando rapidamente como camaleões. É que o enfermo sofre tanto com essa tendência que é capaz até de matar-se. Ah! que “caritativo”, digo-lhes eu. Impedem assim o suicídio do enfermo e expõem a prostituta a qualquer sanha de um perturbado, tomado de cólera, por exemplo, por sua impotência para concretizar o ato sexual. Mas quem sabe para esses conservadores defensores da falácia do prostíbulo uma prostituta não valha mais que um velho em estado terminal que pede para morrer?...
c) Não desistem, porém, os nossos falaciosos, e alcançando os píncaros da sofística dizem: É que o psiquiatra tal, embora seja católico, não pode atuar ali como católico, mas como psiquiatra! Dizem-nos isso e dão a volta olímpica por sua vitória com argumento tão imbatível... Só se esquecem todavia das palavras de S. Tomás de Aquino (a quem esses sofistas têm até a ousadia de invocar como suporte para sua grosseira falácia): é necessário para a salvação de cada católico professar as verdades de fé na devida hora e lugar, o que não se dá se por omissão da declaração de sua crença o católico deixa de prestar a honra devida a Deus ou deixa de concorrer para a utilidade espiritual do próximo; ou se, ao ser interrogado sobre sua fé, ele se cala, podendo resultar desse silêncio, para o próximo, ou a conclusão de que a fé não é verdadeira, ou a perda dela, ou a desistência de abraçá-la. Como seja, o fato é que não nos basta a adesão interior à verdade divina; é-nos de preceito confessá-la exteriormente pelo menos nas condições indicadas por Santo Tomás. E são de Nosso Senhor mesmo estas inequívocas palavras: “Todo aquele que não me tiver confessado diante dos homens, o Filho do homem tampouco o confessará diante dos anjos de Deus. E aquele que me tiver negado diante dos homens, esse será negado diante dos anjos de Deus” (Luc. 12, 8-9) (cf. Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, q. 3, a. 2).
d) E pensam vocês que os nossos sofistas se deram agora por vencidos? Ledo engano. São titânicos em seu erro, há que reconhecê-lo. Agora têm a audácia de dizer-nos: Que poderia fazer neste caso o pobre psiquiatra, se o enfermo nem católico é? Então por isso, digo-lhes eu, por não católico, entregue-se o tarado ao pecado e ao inferno junto com a prostituta! Imagine-se se o enfermo mata a prostituta, busca alguma criança para enfim cometer seu primeiro ato de pedofilia, e depois se mata: tudo o que é muito provável dada a história mesma que nos contam esses sofistas. O resultado? O enfermo e a prostituta herdarão o fogo eterno da geena! Mas quem sabe a nossa multidão de falaciosos psiquiátricos não consideram que, afinal, esse doente não valha mais que uma prostituta e que um velho em estado terminal que pede para morrer?...
e) Cansados? Eu também. Mas é preciso continuar a ouvir os nossos sofistas e seu exército de defensores. Que têm para dizer-nos ainda? Que os que criticam o psiquiatra que mandou um pedófilo a um prostíbulo devem pôr-se no lugar desse pobre profissional, que teve de decidir rapidamente diante de uma pressão incalculável de fatos graves que se precipitavam. Coitado. E digo-lhes eu: Concedo. Todos somos capazes de errar em situações assim. Mas então por que argumentaram tudo o que precede? Por que não admitir um erro em vez de tentar justificá-lo das mais variadas e toscas maneiras? Mais ainda: por que vangloriar-se dele e dar-lhe ampla publicidade como se se tratasse de um grande feito?   
5) Poder-se-iam (uma mesóclise! que horror!), poder-se-iam multiplicar suas variações em torno da mesma falsidade. Mas basta, porque o que importa agora é insistir no fato de que multidão de crentes devotos e afetados de dessiso serve a seus estimuladores como um exército disciplinado, entrando em perfis alheios, ofendendo com palavrões e sarcasmos ferinos os que põem a nu a falácia de seus inspiradores, maculando reputações com inverdades – tal e qual fazem os mesmos sofistas seus diretores de inconsciência.  Qualquer semelhança com o modo de operar da esquerda, tenha-se certeza, não é mera coincidência.
6) Muitos e muitos dos que me leem este texto são capazes de testemunhar que sofreram na própria carne tais ataques, quer dos superiores, quer de seus soldados. Quanto a mim, já decretaram: sou o guru do Centro Dom Bosco, ajo como se fosse um papa ou um inquisidor-geral (que defende o Index, vejam só! e não é que a esquerda tem razão?) ou um chefe de cruzada moralista (e não é que a esquerda tem razão novamente?). Já respondi mais que suficientemente a tais ataques sórdidos (cf. https://www.estudostomistas.com.br/2020/01/se-sou-o-guru-do-centro-dom-bosco.html e https://www.estudostomistas.com.br/2020/02/respostas-detracoes.html) e até já dei uma brevíssima biografia minha (cf. https://www.estudostomistas.com.br/2019/08/quem-sou-eu-uma-brevissima.html), mas espero muitos outros ainda mais graves e sujos. É que, com efeito, nada detém o exército sofístico.
7) Pois bem, querem guerra? Tê-la-ão (ah! essas malditas mesóclises). Parafraseando a Karl Marx (se os conservadores falaciosos têm tanta afinidade com a esquerda em seu modo de operar, por que não posso eu beber uma vezinha na principal fonte desta?), posso dizer que não tenho nada mais a perder que os grilhões desta vida com sua carne corruptível e suas lágrimas. E... não, não, não! Já ia eu cometendo uma dupla injustiça. Esquecia-me culposamente de dizer se os operadores sofísticos creem de fato ou não no que eles mesmos dizem e de expor seu último, seu derradeiro argumento. A resposta à primeira questão – em que afinal eles creem verdadeiramente? – deixo-a para outra oportunidade. Mas, para cumprir com um estrito dever de justiça, dou aqui com toda a fidelidade seu derradeiro argumento: