Carlos Nougué
Antes que algum liberal venha
sofismar contra o que eu disse (“Assim são os liberais: “Para não criar
constrangimento para os transexuais”...) com respeito à liberação pelo Colégio
Pedro II do uso de saia para meninos, digo o seguinte.
1) Considerada a coisa em si
mesma, não há nenhum problema em o homem usar saia: usam-na os escoceses,
usavam-na os exércitos gregos, os exércitos romanos, etc., usavam-na os judeus
de antes e de depois de Cristo, etc.
2)
Ademais, como diz o Código de Direito Canônico de 1917, após cerca de 40 anos
certo uso geral pode passar a chamar-se propriamente costume, desde que não
ultrapasse os limites do conveniente.
3)
O que porém fez o Colégio Pedro II e que os liberais ecoam é revolucionário, em
duplo sentido.
a)
Antes de tudo, porque põe a liberdade acima daquilo para a qual ela existe:
para que escolhamos o bem. O bem é anterior à liberdade.
b)
Depois, porque se enquadra perfeitamente na revolução marcusiana, segundo a
qual não há distinção radical entre os sexos, o que fere diretamente a lei
natural eterna e a própria natureza.
3)
Pois bem, o que distingue os petistas e os liberais? São
igualmente revolucionários, ainda que com diferenças que tratarei em outro lugar.
Observação.
Logo escreverei eu mesmo, em extensão de livro, sobre a anticristã, sofística e
revolucionária Escola Austríaca.