Os primeiros cristãos
• Como se lê em Explosion de charité - par les Dominicains d'Avrillé,
desde seu aparecimento o cristianismo é como uma explosão de caridade. Em
Jerusalém, os primeiros cristãos vendem seus bens para dar aos pobres (At 4,
32).
• O pagão Luciano de Salmósata (125-192) zomba muito dos cristãos em sua
sátira Peregrinus. Mas reconhece seu “incrível
afã” de exercer a caridade: “Eles não se poupam incômodo, nem despesas, nem
trabalho”.
• Em face dos perseguidores, os primeiros cristãos podiam declarar: “O
estado esqueceu que nos deve a vida de seus pobres, que pereceriam, ah! se não
os viéssemos socorrer?” (Tertuliano).
• O diácono Lourenço reúne os pobres socorridos pela Igreja: “Eis os
tesouros dos cristãos, não temos outros”.
Século IV
• Desde o fim das perseguições (313), riquíssimos romanos convertidos ao
cristianismo vendem todos os seus bens para pôr-se, eles mesmos, ao serviço dos
pobres: Melânia, o senador Paulino, et
alii.
Idade
Média
• Os reis cristãos destacam-se por sua caridade. Santo Estêvão da
Hungria († 1038) lava, ele mesmo, os pés dos pobres. Santo Eduardo da Inglaterra
(† 1066) despoja-se para socorrê-los. Santa Margarida, rainha da Escócia († 1093),
e Santa Elisabete da Hungria († 1231) passam literalmente a vida a ocupar-se
dos pobres. São Luís, rei da França († 1270), reúne toda semana os pobres em
sua câmara para servi-los, ele mesmo, à mesa. E citem-se ainda Santo Edmundo,
São Casimiro da Polônia, São Leopoldo da Áustria, Roberto, o Piedoso, Santa
Brígida da Suécia, Santa Edviges da Silésia, Santa Margarida de Saboia, et alii.
Tempos
modernos
• Século XVII: as Filhas da Caridade, de Santa Luísa de Marillac; século
XVIII: as Filhas da Sabedoria; século XIX: as Pequenas Servidoras dos Pobres,
de Joana Jugan: todas estas e dezenas de outras congregações ou famílias
religiosas surgem regularmente para socorrer os miseráveis, atraindo centenas e
milhares de almas que se sacrificam inteiramente à caridade.