• Como se lê
em Explosion de
charité - par les Dominicains d'Avrillé, Cristo passou por esta terra
fazendo o bem, especialmente aos
doentes. Desde o início, o cristianismo imitou-o.
• No ano 252,
dá-se uma epidemia de peste no Império Romano. Em Cartago, os pagãos fogem,
abandonando seus doentes aos cuidados dos cristãos sob a autoridade do bispo
São Cipriano (que será martirizado pelos mesmos pagãos em 258). – Em 268, dá-se
o mesmo em Alexandria.
• Século IV:
desde o fim das perseguições aos cristãos (313), surgem hospitais, orfanatos,
asilos em todo o Império Romano. O primeiro hospital conhecido é fundado em
Cesareia pelo bispo São Basílio, que cuida, ele mesmo, dos doentes. – O primeiro
hospital de Roma é fundado por Santa Fabíola. Esta nobre patrícia reúne os
doentes nas ruas, lava-os, enfaixa-os, alimenta-os, gasta toda a sua fortuna
por eles. – O senador Pammachius (amigo de São Jerônimo) faz o mesmo: morrerá
despojado de tudo, no hospital que ele mesmo fundou. São João, o Capelão, funda
o primeiro hospital em Alexandria; São Crisóstomo em Constantinopla; Santo
Efrém em Edessa; etc.
• Idade
Média: asilos e hospitais multiplicam-se por toda a cristandade. – O Papa
Símaco († 514), o Papa Pelágio II (em 580) e o Papa São Gregório Magno († 604)
fundam hospitais e orfanatos. – O historiador Hurter estima que no século XIII
a França possuía 20.000 hospitais, que recebiam doentes, órfãos, pobres e
peregrinos. – Obra-prima desta caridade em ato: o Hôtel-Dieu de Beaune, fundado
em 1443.
• Milhares de
religiosos e de religiosas dão-se totalmente a Cristo na pessoa dos doentes:
Irmãos Hospitaleiros (São João de Deus, 1537); Camilianos (São Camilo de Lélis,
1584), etc. Em trinta anos (1584-1614), 220 dos primeiros religiosos camilianos
morrem ao lado dos doentes que eles assistem.
• Na Europa
e no mundo inteiro (Ásia, África, terras muçulmanas), a Igreja Católica é a verdadeira
mãe dos hospitais e das obras de caridade. Outras religiões imitaram-na mais ou
menos tardiamente, mas sem jamais superá-la nem igualá-la.