“A distinção que aqui se
faz entre essência e existência dará lugar, na investigação metafísica, à
distinção entre essência e ato de ser, mas está muito longe de identificar-se
com ela. A primeira é uma distinção de
razão com fundamento real, evidente quoad
omnes, enquanto a segunda é uma distinção real, evidente só quoad
sapientíssimos. A distinção lógica entre essência e existência faz-se
necessária porque a abstração fica com a essência das coisas e deixa de lado
sua existência concreta, perceptível somente pelos sentidos. Para confirmar a
existência das essências abstratas, o intelecto deve voltar aos fantasmas.
Alguns escolásticos identificam as duas distinções, para poupar-se explicações,
e desvirtuam o actus essendi tomista”
(Umbrales de la Filosofía, Mendoza,
edição do autor, 2011, p. 358, nota 2).