sábado, 26 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
A todos um santo e feliz Natal / A todos una santa y feliz Navidad
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
“Como é possível milagre fora da Igreja Católica”, pelo Cardeal Lépicier*
«Põe-se aqui
uma grave questão: pode haver milagre fora da Igreja Católica? Nossa resposta é que se pode, em verdade, sustentar a possibilidade e até a existência
de verdadeiros milagres fora da religião católica. Isso não pode dar-se por uma
lei ordinária, mas somente por exceção e em casos isolados, e jamais fora do
fim que distingue a verdadeira religião de Jesus Cristo. Por isso dizemos que o
milagre pode dar-se fora do corpo desta religião, mas não fora de sua alma. Como
fato sistemático, que constitui, por assim dizer, um sistema, um todo harmonioso
governado por princípios invariáveis e por uma lei fixa, o milagre existe somente
na religião que se intitula universal ou católica, porque fundada pela Causa Primeira
que reuniu tudo, e em favor da qual foram operados os milagres mesmos da antiga
lei.
Em verdade, pode
admitir-se que, de maneira excepcional, e em casos isolados, o milagre se dê fora
do corpo da religião católica, sendo livre o Espírito Santo para escolher seus
instrumentos por onde quer que queira. Isso não deve constituir nenhuma dificuldade,
sobretudo se o taumaturgo é um homem de vida santa e não busca outra coisa em suas
obras que a honra de Deus.
Será bom, a este respeito, lembrar aqui o que lemos em São Marcos. Tendo dito a
Jesus o Apóstolo João: “Mestre, vimos um homem, que não vai conosco, expulsar os
demônios em vosso nome, e lho impedimos”, Nosso Senhor falou nestes termos: “Não
o impeçais, pois ninguém pode fazer milagre em meu nome e logo depois falar mal
de mim. Quem não é contra vós é por vós”. Isto equivale a dizer que, se algum milagre
se cumpre por um homem fora do corpo da Igreja de Jesus Cristo, tal fato é necessariamente
ordenado à manifestação da verdade pregada pelo Salvador, e de modo algum em
favor do erro.
É neste sentido
que se devem explicar os milagres atribuídos, em tempos muito próximos dos nossos,
a um padre ortodoxo grego de grande piedade, chamado Ivã ou João Serguief, da
principal igreja de Cronstadt. O renome de santidade deste padre era tal que, no
mês de outubro de 1894, o imperador Alexandre III, morrendo, o chamou na
esperança de obter por sua intercessão um alívio para seus sofrimentos.
Tais milagres,
supondo-os autênticos, seriam fatos isolados, cumpridos aparentemente fora da
Igreja Católica, mas lhe pertenceriam de direito, porque não tinham por objeto a
confirmação de uma falsa doutrina, mas antes a recompensa de uma santidade em
harmonia com os princípios proclamados precisamente pela Igreja Católica. Tais milagres
teriam tido pois por fim fornecer novas provas da existência da ordem sobrenatural.
Santo Agostinho
expõe luminosamente esta verdade quando, comentando precisamente o fato contado
por São Marcos na passagem há pouco citada, explica que as palavras pronunciadas
então por Nosso Senhor: “Quem não é contra vós é por vós”, não contradizem as referidas
em São Mateus: “Quem não está comigo é contra mim”. “Nesse caso”, diz o santo Doutor
de Hipona (o daquele que expulsara o demônio), “ele não era contra os discípulos,
mas, ao contrário, era por eles, enquanto operava curas pelo nome de Cristo... Ele
devia ser confirmado na veneração de tal nome e, portanto, não era contra Igreja,
mas pela Igreja.” Lembremos ainda, aqui, o episódio tão interessante contado no
livro dos Números. Dois indivíduos, Eldad e Medad, embora não tivessem ido com
os outros ao tabernáculo, profetizaram todavia no campo na ausência e sem o
conhecimento de Moisés. O chefe do povo de Deus, tendo-o sabido, quis que eles
fossem deixados livres para profetizar.»
* * *
Ademais, “A
generalidade dos Padres e dos teólogos admitiu a possibilidade de milagres
entre os hereges”, como se lê no prestigioso DTC:
____
* Sobre el Card. Lépicier:
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Até 2016
C. N.
Se não surgir nenhuma
necessidade extraordinária que nos faça agir em contrário, daremos por
encerradas as atividades de Estudos
Tomistas em 2015 após o hangout
de hoje sobre a fé. (Mas, naturalmente, a página continuará no ar.) É tempo de Natal, tempo máximo do sagrado e do familiar.
Voltaremos no início de 2016.
Muito
obrigado a todos por tudo (até ao adversário havemos de agradecer-lhe as objeções
e a oportunidade de responder a elas), tende todos um santo e feliz Natal, e,
uma vez mais, que se nos permita recomendar uma postagem de nossa página A
Boa Música: Corelli - Concerto
Grosso op. 6, n°8 - 'Feito para a Noite de Natal'. Uma delicada beleza
barroca.
Vide ainda: Balanço de nosso trabalho em 2015, e projetos para 2016 (incluindo novo curso franco: Refutação das Principais Doutrinas Antiaristotélicas)
Vide ainda: Balanço de nosso trabalho em 2015, e projetos para 2016 (incluindo novo curso franco: Refutação das Principais Doutrinas Antiaristotélicas)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
A ordem compositiva e a pedagógica da Lógica
C. N.
1) Antes de mais, a Lógica ocupa-se dos atos das duas operações da razão enquanto intelecto (a simples apreensão ou inteligência dos incomplexos, e a composição intelectual), estudados respectivamente nas Categorias ou Predicamentos (com o acréscimo, posterior, do porfiriano Isagoge ou Tratado dos Predicáveis) e no Perihermeneias do Estagirita;
2) depois,
ocupa-se dos atos da operação da razão
enquanto razão (ou seja, os atos em que se vai do conhecido ao
desconhecido), os quais por sua vez também se subdividem:
•
em discurso sempre verdadeiro (ou seja, sua parte
judicativa e resolutiva ou analítica), o qual depende
tanto da figura do silogismo – tratada nos Primeiros
Analíticos – como das relações de necessidade dos conceitos, na demonstração – tratada nos Segundos
Analíticos;
•
em discurso provável ou parte inventiva, que, com
gradação de maior para menor certeza, se subdivide ainda em a) dialética [ou
seja, a fé (não a teologal) e a opinião], b) suspeita de verdade e c) indução
por sentimento, estudadas respectivamente nos Tópicos, na Retórica
e na Poética;
•
e, por fim, em discurso falso com aparência de verdade, tratado nas Refutações
Sofísticas.
Observem-se
duas coisas importantes:
1)
o ordo compositionis obriga a considerar as três operações da
razão, como acima, em sua ordem própria;
2)
pareceria que a ordem pedagógica acima exposta estivesse invertida, porque o
homem de fato só pouco a pouco se aproxima da ciência, ou seja, vai do falso ao
apodíctico passando pelo verossímil; sucede porém que o ordo
sustentationis e pois a ordem pedagógica não podem senão ir, ao
contrário, do perfeito ou necessário ao imperfeito e ao falso.[1]
[1] Com efeito, não se poderia precisar, por
exemplo, se um argumento é mais ou menos verossímil se não se soubesse qual é o
argumento verdadeiro, que sempre será a régua ou regra com que se mede
aquele.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
A calúnia é uma brisa sutil, mas ribomba como tiro de canhão
PADRE CURZIO NITOGLIA
18 de outubro de 2014
[Tradução: Gederson
Falcometa]
[Nota prévia.
Como se verá, permitimo-nos
fazer uma nota de esclarecimento ao artigo do Padre Nitoglia.]
“O
homem faz o mal totalmente, perfeitamente
e
felizmente apenas quando o faz por motivos
‘místico-religiosos’
ou messiânicos.”
Blaise Pascal
A doutrina tomista
Santo Tomás de Aquino
trata na Suma Teológica (II-II, q.
72-75) as injustiças que se cumprem com palavras, depois de ter examinado as
que se cumprem com ações (q. 64). Aquelas são as injúrias verbais, a detração,
a murmuração e a derrisão. Infelizmente estes vícios são muito difusos, pouco
levados a sério e quase nunca combatidos mesmo em ambientes católicos ligados à
Tradição, enquanto constituem em si pecado mortal. Busquemos ver sua natureza, sua
gravidade, e quais são os remédios para derrotá-los.
As injúrias verbais
Na questão 72 o Aquinate
trata da “contumélia”, ou seja, a injúria verbal não feita pelas costas ou
“traiçoeiramente”, mas abertamente. “Contumélia” deriva do verbo latino contemmere, isto é, desprezar ou
insultar clamorosamente e em face. É distinta da injúria, que é uma ação que
afeta o direito dos outros (in-jus)
com ações: espancamento, etc. Ora, o Angélico nota que, embora as palavra não
façam fisicamente mal (a. 1, ad 1), enquanto todavia as palavras significam
coisas, podem causar muitos danos. A contumélia ou injúria verbal afeta a honra;
a difamação ou detração afeta a boa fama; e a derrisão ou escárnio suprime o
respeito.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Palestras de Carlos Nougué sobre o tomismo na UFBA
Palestras sobre o tomismo de Carlos Nougué na UFBA, em 5 de dezembro de
2015, no Circuito dos Clássicos.
Na primeira gravação a pilha do gravador acabou com 1h17min na parte da
redução ao absurdo da doutrina de Freud. Uns 15 a 30min talvez tenham sido
perdidos.
A segunda gravação, da aula das 13h, está completa.
Caso queiram fazer download,
vão com o botão direito no link e peçam que salve o destino na máquina. Mesmo
com tradução de .wav para .mp3 ficaram arquivos pesados, porque a qualidade do áudio
está fina.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
“Se os maus podem fazer milagres” (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, q. 178, a. 2)
«Quanto ao segundo, assim se procede. Parece que os maus não podem fazer milagres.
1. Com efeito, os milagres obtêm-se pela oração. Ora, a oração do
pecador não merece ser ouvida, como se diz no Evangelho de João (9, 31): “Nós sabemos que Deus não ouve os pecadores”, e no livro dos Provérbios (28, 9): “De
quem desvia seus ouvidos para não ouvir a Lei, até a oração será execrável”. Logo, parece que os maus não podem fazer milagres.
2. Ademais, os milagres atribuem-se à fé, segundo o de Mateus 17, 19: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda
direis a este monte: Transporta-te daqui para lá, e ele transportar-se-á”.
Ora, “a fé sem obras é morta”,
diz a Epístola de Tiago (2, 20); assim, ela não parece ter operação própria. Por
conseguinte, parece que os maus, que não praticam boas obras, não podem fazer
milagres.
3. Ademais, os milagres são testemunhos divinos, pois se lê na Epístola
aos Hebreus (2, 4): “comprovando Deus seu
testemunho por meio de sinais e maravilhas e vários milagres” . Por
isso, na Igreja alguns são canonizados pelo testemunho dos milagres. Ora, Deus
não pode ser testemunha do erro. Parece, portanto, que os maus não podem fazer
milagres.
4. Ademais, os bons estão mais unidos a Deus que os maus. Ora, nem todos
os bons fazem milagres. Logo, muito menos os maus.
Mas, em sentido
contrário, diz o Apóstolo na primeira Epístola aos
Coríntios (13, 2): “Ainda que eu tivesse toda
a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada”. Ora, todo aquele que não tem caridade é mau; “É este só dom do Espírito Santo o que
distingue os filhos do Reino dos filhos da perdição”, diz Agostinho em
XV de Trin. Parece, portanto, que até
os maus podem fazer milagres.
RESPONDO. Deve dizer-se que, entre os
milagres, há os que não são verdadeiros, mas [meros] fatos fantásticos, que
enganam o homem fazendo-o ver o que não é. Outros são fatos reais, ainda que
não mereçam verdadeiramente o nome de milagres, pois que são produzidos por certas
causas naturais. E estas duas categorias de milagres podem ser feitas pelos
demônios. Mas os verdadeiros milagres não podem ser feitos senão pela virtude divina,
pois Deus os produz para utilidade do homem. E isto de dois modos. Primeiro,
para confirmar a verdade sagrada. Segundo, para manifestar a
santidade de alguém, que Deus quer propor como exemplo de santidade. Ora, no
primeiro caso, os milagres podem ser feitos por todos os que pregam a
verdadeira fé e invocam o nome de Cristo, o que, às vezes, pode ser feito pelos
próprios maus. Por isso, a respeito das palavras de Mateus (7, 22): “acaso não profetizamos em teu nome?”, etc., diz Jerônimo: “Profetizar
ou fazer milagres e expulsar demônios às vezes não vem do mérito de quem o faz,
senão que é a invocação do nome de Cristo o que o faz para que os homens honrem
a Deus, por cuja invocação se fazem tantos milagres”. No segundo caso,
só se fazem milagres pelos santos, para manifestação de sua santidade, já
durante sua vida já depois de sua morte, tanto por eles mesmos como mediante
outros. Assim, lemos nos Atos dos Apóstolos: “Deus fazia milagres pela mão de Paulo; de tal modo que, até quando se
aplicavam aos enfermos os lençóis que tinham tocado seu corpo, saíam deles as
doenças” (19, 11-12). E, desse modo, nada impede que algum pecador faça
milagres por invocação de algum santo. Mas tais milagres não deverão atribuir-se
ao pecador, mas àquele cuja santidade Deus pretende manifestar por meio deles.
1. À primeira objeção, portanto,
deve dizer-se, ao tratar a oração de súplica, que se ela é atendida não o é por
causa do mérito de quem a faz, mas da misericórdia divina, que se estende até aos
maus. Por isso, às vezes Deus ouve também a oração dos pecadores. A esse
respeito, diz Agostinho em super Ioan.:
“O cego pronunciou aquelas palavras
antes de ser ungido”, isto é, antes de ter sido perfeitamente iluminado,
“pois Deus ouve os pecadores”. –
O que diz o livro dos Provérbios, a saber, “a oração do que não ouve a lei é execrável”, é preciso
entendê-lo como referente ao mérito do pecador. No entanto, essa oração às
vezes alcança a misericórdia de Deus, quer para a salvação daquele que ora,
como aconteceu com o publicano de que fala Lucas, quer ainda para a salvação
dos outros e para glória de Deus.
2. À segunda deve dizer-se que
a fé sem as obras é morta, quando aquele que crê não vive por ela a vida da
graça. Mas nada impede que um vivo opere por um instrumento morto, assim como
um homem que age por meio de um bastão. E é assim que Deus utiliza como de um instrumento
a fé do pecador.
3. À terceira deve dizer-se
que os milagres são sempre verdadeiros testemunhos daquilo que confirmam. Por
isso, os maus que ensinam falsas doutrinas não poderiam jamais fazer
verdadeiros milagres para confirmar seu ensinamento, embora, às vezes, possam fazê-los
em nome de Cristo, que eles invocam, e pela virtude dos sacramentos que
administram. Mas aqueles que anunciam doutrinas verdadeiras fazem às vezes
verdadeiros milagres, para confirmá-las, mas não para atestar sua santidade.
Por isso, diz Agostinho no livro Octoginta
trium Quaest.: “Há grande
diferença entre os milagres dos magos, os dos bons cristãos e os dos maus
cristãos: os magos fazem-nos por pactos particulares com os demônios; os bons
cristãos, em virtude da justiça pública; os maus cristãos, por sinais desta
justiça”.
4. À quarta deve dizer-se o
que diz Agostinho no mesmo lugar: “Não
se concede a todos os santos fazer milagres, para que os fracos não caiam no
erro perniciosíssimo de pensar que em tais fatos haja dons maiores do que nas
obras de justiça, que se ordenam à vida eterna”.»
Observação de C. N. Está
suposto neste artigo de Santo Tomás que somente ao magistério da Igreja (quando
cingido, propriamente ou analogamente, das quatro condições vaticanas) se reserva a infalibilidade
quanto ao caráter de todo e qualquer milagre. – Ademais, no artigo de Santo Tomás “maus” está antes por “pecadores” em geral do que por “heréticos” em particular (embora estes também se incluam: “os maus que ensinam falsas doutrinas...”). Mas nos dias atuais grassa a heresia como nunca antes, além de os sacramentos pós-conciliares suscitarem dúvidas graves. Especialmente nestes dias, por conseguinte, havemos de armar-nos da
mais fina prudência diante de fatos ou eventos aparentemente miraculosos. De ordinário havemos de calar-nos.
A eloquência de Carlos Lacerda
C. N.
Como digo na Suma Gramatical
da Língua Portuguesa, maior formalidade à língua falada não
lha dá a Gramática ou arte da escrita, mas a Eloquência, em ordem à Retórica. E
um dos princípios da Eloquência é o pronunciar os fonemas de dada língua de
maneira a mais marcante para o ouvido, e de maneira a mais distintiva. Assim, por
exemplo, importa usar preferentemente o erre
vibrante alveolar múltiplo (o dos gaúchos), e não reduzir a u o ele
de fim de sílaba (“mal” e não “mau”, justamente porque mal é advérbio e mau é adjetivo; mas também “algum”
e não “augum”). É o que tento fazer em
meus cursos on-line ou presenciais e
em minhas palestras. Não o inventei eu, obviamente; ouvi-o e aprendi-o na
infância e na adolescência até de cantores populares cariocas, mas muito
especialmente de professores, e ainda de políticos como Carlos Lacerda (1914-1977), também
carioca. Este parlamentar e estadista, de dignidade e de elevação praticamente
inexistentes entre os políticos atuais – ainda que não se possa assentir a
algumas de suas posições, o que é assunto para outro lugar –, este parlamentar
e estadista era, ademais, um exemplo de rétor, de orador. Escutai-o pelos links abaixo, e fazei uma ideia da
enormidade do que se perdeu neste país, em termos de cultura, ao cabo de parcos cinquenta
anos.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
COMENTÁRIO À SUMA TEOLOGÓICA ARTIGO A ARTIGO
Estou-me programando para ministrar o curso dito no título desta
postagem. Vejamos se terei condições de fazê-lo, dada sua evidente dificuldade.
Logo darei notícias.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
A Suma Gramatical na Amazon
A Suma Gramatical da Língua Portuguesa é a segunda gramática mais
vendida na Amazon, e está com ótimo preço: R$ 46,00. Eis o link:
domingo, 22 de novembro de 2015
Eis a resposta de Marcos Bagno à resposta e convite de Carlos Nougué
“Minha resposta ao convite de Carlos Nougué,
que nem ouvi por inteiro porque tenho mais o que fazer, é repetir o que eu já tinha publicado um tempo atrás sobre o calhamaço imprestável que ele publicou: ‘Crime ecológico é como eu classifico gastar papel, derrubar árvores portanto, para imprimir um calhamaço ridículo, reacionário, caquético, jurássico, sem nenhuma fundamentação científica que é a tal ‘Suma gramatical’ do ilustre desconhecido Carlos Nougué, que fala da ‘corrupção da oralidade brasileira’ e tenta impedir os processos de mudança linguística ocorridos no português brasileiro no último meio milênio. Um livro sem bibliografia, que vomita observações preconceituosas e não serve rigorosamente para coisa nenhuma. Aliás, andou circulando por aí um vídeo em que ele expunha sua visão obtusa da língua. Suma você, Carlos No Way!!’ Não dá para argumentar com quem não tem argumento teórico nenhum.”
O link
para onde se encontra tal resposta é:
Última palavra de Carlos Nougué
Tudo isso, e em particular esta resposta
“altamente científica” de Marcos Bagno, serviu para mostrar (até melhor talvez
do que mostraria um debate) que enquanto cientista Marcos Bagno não passa do
mais puro ideólogo. Como me disse um grande tradutor, “é mister reconhecer que um ideólogo é alguém intrínseca e
necessariamente desonesto intelectualmente. Logo, um debate honesto é
impossível. Tal desonestidade intelectual decorre do fato de que um ideólogo –
qualquer ideologia – é membro voluntário de uma religião política,
conforme definição do filósofo germano-americano Eric Voegelin. Sendo assim, o
infeliz primeiro adere, primeiro ‘crê’ nos cânones de sua ideologia; isso traz
o conforto emocional da aceitação grupal, do apoio incondicional da claque. O
preço? Fica condenado a raciocinar em circuito fechado, proibido de questionar
esse mesmo raciocínio, coisa que fatalmente o leva a contradições insuperáveis.
Prova disso é o ataque à norma culta fazendo uso dela...”
Passemos a outro capítulo.
sábado, 21 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
sábado, 14 de novembro de 2015
Instrucción de la Congregación del Santo Oficio sobre Arte Sacro
“Deber y obligación
del arte sagrado, en virtud de su mismo nombre, es el de contribuir en la mejor
manera posible al decoro de la casa de Dios y promover la fe y la piedad de los
que se reúnen en el templo para asistir a los divinos oficios e implorar los
dones celestiales. Por lo cual la Iglesia lo ha cultivado siempre con continua
solicitud, atención y vigilancia, a fin de que se ajuste perfectamente a sus
leyes, las cuales emanan de la doctrina revelada y de la sana ascética, y así
pueda con todo derecho apropiarse el título de “sagrado”.
A el, pues, se
aplican también las palabras del beato Sumo Pontífice Pio X al prescribir
sabias normas sobre la música sagrada: “Nada, pues, debe ocurrir en el templo
que perturbe o aun solamente disminuya la piedad y la devoción de los fieles;
nada que dé motivo razonable de disgusto o de escándalo; nada, especialmente,
que... sea indigno de la casa de oración y de la majestad de Dios.”
Por eso, en los
primeros siglos de la Iglesia, el segundo Concilio de Nicea, al condenar la
herejía de los iconoclastas, confirmó el culto de las sagradas imágenes y
conminó gravísimas penas a los que osen “impíamente inventar algo que vaya
contra una constitución eclesiástica”.
Y el Concilio
tridentino, en la sesión XXV, promulga leyes prudentísimas sobre la iconografía
cristiana, y en una severa exhortación a los Obispos termina con estas
palabras: “Finalmente, pongan en esto los Obispos tanta diligencia y cuidado,
que no se vea nada desordenado o mal y confusamente dispuesto, nada profano,
nada impropio, pues que a la casa de Dios conviene la santidad.”
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Data inicial do novo curso (franco) e dos hangouts “Questões Teológicas”
1) O primeiro hangout de “Questões Teológicas” será no
dia 9 de novembro de 2015 (próxima segunda-feira) às 21 horas. Seu link se encontra na próxima postagem.
2) A primeira aula do curso (franco) “A Ordem
das Disciplinas – segundo Santo Tomás de Aquino” estará disponível, nesta
página e no Youtube, no dia 11 de novembro de 2015.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Retificação grave a respeito de “A Maternidade Divina”, de Dom Anscar Vonier, O.S.B.
C. N.
A pedido de pessoas em que deposito
total confiança, divulguei amplamente o livro A
Maternidade Divina, de Dom Anscar Vonier, O.S.B. Infelizmente houve certa
precipitação dos que planejaram a publicação do livro – e de minha própria
pessoa: divulguei-o fundado apenas em sumários e sem procurar conhecer o
conjunto da obra do autor. Pois bem, o fato é que a teologia do referido
beneditino presente, ao menos, em seu
livro O Mistério da Igreja incorre em
condenação de Pio XII ditada na Mystici
Corporis Christi, como o
mostra um Comentário do autorizado Padre
M. Teixeira-Leite Penido (cf. https://aciesordinata. wordpress.com/2015/10/08/ perolas-em-meio-a-lama-da- rede-xvi/). Por isso
mesmo, não parece prudente publicar nenhum outro escrito do beneditino, ainda
que, como é o caso de A Maternidade
Divina, nunca tenha incorrido em censura eclesiástica.
Não me resta senão suspender e eliminar toda a divulgação
que fiz do livro. Quanto aos que planejaram sua publicação, nos quais, repito,
confio firmemente, disseram-me que já suspenderam a campanha e que tomarão
todas as medidas necessárias para sanar a situação.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Novo curso on-line de Carlos Nougué (de acesso livre): “A Ordem das Disciplinas – segundo Santo Tomás de Aquino”
“A felicidade última do homem está na contemplação da Verdade.”
Santo Tomás de Aquino
|
C. N.
Já são muitos os que
seguiram ou seguem nosso curso on-line
“Por uma Filosofia
Tomista”,
efetiva introdução à filosofia aristotélico-tomista, ou melhor, à filosofia aristotélica
enquanto levada a seus últimos termos ou consequências pelo Teólogo. Uma coisa,
todavia, não se pôde fazer nesse curso senão em linhas gerais, a qual,
portanto, necessita de expansão e de acabamento: uma precisa, ordenada e
detalhada orientação dos estudos conducentes à Sabedoria, incluindo uma
bibliografia comentada.
Por isso mesmo é que
ministraremos um novo curso on-line,
“A Ordem das Disciplinas – segundo Santo Tomás de Aquino”, este de acesso livre,
ou seja, gratuito, e cujas aulas, ademais, poderão baixar-se, compartilhar-se e
publicar-se francamente. Suas aulas serão mais breves que as de “Por uma
Filosofia Tomista”: enquanto estas tinham cerca de duas horas cada uma, as do
novo curso terão cerca de quarenta minutos cada uma. A cada semana, em
princípio, e a partir de 1º de novembro de 2015, estará em nosso canal do
Youtube uma nova aula, o que porém poderá deixar de suceder por qualquer
circunstância relativa ao professor. Ademais, quando necessário, as aulas
acompanhar-se-ão de algum texto disponível em Estudos Tomistas. Por fim, como resulta
do dito mais acima, o curso não terá duração prefixada, e estender-se-á por
quantas aulas forem necessárias para cumprir a ementa; mas todas as aulas
ficarão indefinidamente em nosso canal, e a data a partir da qual cada aula
estará no ar anunciar-se-á com alguns dias de
antecedência na página Estudos Tomistas (http://www.estudostomistas.com.br/), por sua newsletter e em nossa página
institucional do Facebook.
Eis a ementa do curso,
suposta sempre a presença de bibliografia comentada:
1.
O ordo disciplinae das artes e das ciências.
Observação 1.
Mostrar-se-á, ademais, o que são estas e aquelas, e de que modo as artes podem
dizer-se ciências, e as ciências artes (especialmente liberais).
Observação 2. Mostrar-se-á, ainda, a distinção entre arte e experiência.
Observação 1.
Tratar-se-á, também, a arte da tradução.
Observação 2. Tratar-se-á, ademais, criticamente, a Linguística.
3.
A Lógica ou ciência-arte
propedêutica a todas as demais ciências e a todas as demais artes.
a)
O tratado dos universais:
• os unívocos;
• os análogos;
• os transcendentais;
• as categorias;
• etc.
Observação. As categorias voltarão a tratar-se no âmbito da Metafísica, enquanto os
unívocos voltarão a considerar-se especialmente no âmbito da Tópica. E é justo para tratar estes temas que se publicarão em 2016 dois outros livros nossos: Comentário
às Categorias de Aristóteles e Comentário à Isagoge de Porfírio.
b)
O tratado da interpretação ou da enunciação.
c)
O tratado do raciocínio.
d)
O tratado do método científico.
3.1. A Dialética
(ou Tópica) ou disciplina da
investigação do provável.
3.2. A Retórica ou
arte de fazer tender ao verossímil mediante o bem e o justo.
3.3. A Poética ou
arte de fazer tender ao bem e à verdade mediante o belo.
§ O tratado das falácias ou sofismas.
Observação 1. Têm o mesmo fim que a Poética as demais artes do belo:
Observação 1. Têm o mesmo fim que a Poética as demais artes do belo:
• A Música;
• A Pintura;
• A Escultura;
• O Cinema;
• etc.
Observação 2. A razão de parte
potencial da Lógica que deve dar-se à Poética (assim como à Retórica) é mais
frágil que a que deve dar-se à Dialética, mas ainda é própria. Resta ver se se
pode dar a mesma razão às demais artes do belo.
Observação 2.
A Arquitetura não é pura arte do
belo.
Observação 3.
A Estética parece ser a ciência (prática)
do facere das artes do belo: estará
para estas, por um lado, assim como a Física geral está para as demais ciências
físicas e, por outro lado, assim como as ciências práticas do agere estão para a Prudência.
Observação
4. O dito nestas três
observações constitui justo o tema de nosso livro Das Artes do Belo: Imitação e Fim, por lançar-se também em 2016.
4.
As ciências práticas do agere.
a) A Ética ou
ciência do autogoverno.
b)
A Econômica ou ciência do governo doméstico
e de seu desdobramento na pólis.
c)
A Política ou ciência do governo
da pólis.
Observação 1.
A Prudência docens ou Ética é
verdadeira ciência (prática), mas não é arte de modo algum, enquanto a
Prudência utens ou Prudência
propriamente dita não é ciência de modo algum, mas se diz arte em sentido
amplo.
Observação 2. Tratar-se-á, também, o
Direito.
Observação 3. Tratar-se-á,
ainda, a História, disciplina subalternada e ordenada à Política e a outras
ciências.
5.
A Física geral ou ciência genérica
do ente móvel.
a)
A Cosmologia ou ciência física do
ente segundo o lugar.
b)
A Química ou ciência física do
ente segundo a geração e a corrupção.
c)
A Biologia ou ciência física do
ente segundo o aumento e a diminuição.
d)
A Psicologia ou ciência física do
ente segundo alteração.
Observação 1.
A alteração é a espécie de movimento relativa às qualidades, e as qualidades
por antonomásia são as virtudes intelectuais e morais do homem. Mas a
Psicologia ou Antropologia, enquanto trata precisamente a parte intelectivo-volitiva
da alma humana, obviamente não é ciência física. Logo, a Psicologia é uma como
ciência média entre a Física e a Metafísica, o que decorre da natureza mesma da
alma humana.
Observação 2.
Tratar-se-ão, criticamente, as chamadas “ciências modernas”.
6.
A Matemática ou ciência do ens quantum.
a)
A Aritmética ou ciência matemática
das quantidades discretas.
b)
A Geometria ou ciência matemática das
quantidades contínuas.
c)
Etc.
7.
A Metafísica (ou Filosofia primeira, ou Teologia
filosófica) ou ciência do ente
enquanto ente.
8.
A Teologia sagrada ou ciência de Deus enquanto Deus (ou sob a razão de
deidade) – a única das ciências que é simultaneamente especulativa e prática e cujos
princípios não se alcançam pelas luzes da razão.
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