segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Quando o Rosário venceu o comunismo no Brasil

Em 1964, no Brasil, o presidente João Goulart tentava organizar a passagem de seu país para o comunismo, segundo o modelo de Cuba. Ele conseguira infiltrar tanto os cargos importantes quanto as escolas e universidades da maior parte do país
Todavia, durante quase todo o ano precedente, o Padre Patrick Peyton, da Congregação de Santa Cruz, havia pregado uma cruzada do Rosário, percorrendo o país afim de convencer os fiéis a voltarem-se para Nossa Senhora. O povo se lembra disso no momento de perigo. Os primeiras pessoas a mobilizarem-se foram as mulheres brasileiras, desfilando pelas ruas da cidade rezando o terço. Uma vez, na cidade de Belo Horizonte, elas (em número de três mil) impediram uma conferência de Leonel Brizola, representante de Cuba, invadindo a sala onde ele devia falar; todas elas rezando o Rosário. Ao sair, Brizola encontra as ruas igualmente cheias, a perder de vista, de mulheres em oração. E ele deixa a cidade com, no bolso, um dos discursos mais incendiários de sua carreira… o qual ele não pôde pronunciar.
Em 13 de março, Goulart decreta a mudança da Constituição, a abolição do congresso e a confiscação das indústrias e das fazendas.
Isso desencadeia uma reação por parte das mulheres. O texto seguinte foi propagado em todo o Brasil: “Este país imenso e maravilhoso, com o qual o bom Deus nos presenteou, está num perigo extremo. Nós permitimos que homens de uma ambição sem limites, desprovidos de toda fé cristã e de todo escrúpulo lançassem nosso povo na miséria, destruíssem nossa economia, perturbassem nossa paz social, semeassem o ódio e o desespero. Eles infiltraram nossa nação, nossas administrações, nosso exército, e até nossa Igreja, com os servos de um totalitarismo que nos é estranho e que destruiria tudo o que possuímos. (…) Santa Mãe de Deus, protegei-nos do destino que nos ameaça, e afastai de nós os sofrimentos infligidos às mulheres martirizadas de Cuba, da Polônia, da Hungria e das outras nações reduzidas à escravidão”.
Novas e grandiosas “marchas do terço” foram organizadas em todo o país, das quais participaram homens, mulheres e jovens, enquanto Luiz Carlos Prestes, líder do Partido Comunista Brasileiro, provocava-os, dizendo: “O poder, nós já o temos”.
Mas, pouco a pouco, o presidente se sente pressionado de todas as partes. Os governadores dos estados, os deputados, os generais do exército, um por um, separaram-se dele. No dia 26 de março, para salvar o país, os militares tomam o poder, sem derramar sequer uma gota de sangue. Goulart e os líderes comunistas dos sindicatos fogem.
Em 2 de abril toda a população do Rio e das redondezas estava na rua para uma gigantesca marcha de oração, a qual foi uma apoteose de ação de graças a Nosso Senhor e Nossa Senhora.
Em julho, o Padre Valério Alberton, Promotor das Confrarias Marianas do Brasil1, vai a Fátima agradecer à Santíssima Virgem a salvaguarda de seu país. “Nós vencemos graças a Nossa Senhora do Rosário”, declara ele. “É a mensagem de Fátima, posta em prática no Brasil, o que nos salvou”. […] O repetidos apelos à oração e à penitência, segundo o espírito de Fátima, revivem a fé, que move montanhas, e o impossível se realiza: o milagre de uma guerra vencida sem nenhuma gota de sangue. O comando contrarrevolucionário previa ao menos três meses de luta intensa. Ora, uma força, humanamente falando inexplicável, faz desmoronar, como um castelo de cartas, todo o dispositivo militar, paciente e diabolicamente edificado durante muitos anos. A evidência da graça é tamanha que todos ficam convencidos de que tudo aquilo não tinha explicação humana. Os chefes militares e civis da contrarrevolução são quase unânimes em atribuir esta vitória a uma graça especial da Santíssima Virgem. Muitos declaram que o Rosário foi a arma decisiva” (Voz de Fátima, outubro 1964)2.

Notas:
1 – Durante os acontecimentos, essas confrarias haviam inscritos 200.000 homens e pessoas jovens em seus registros, verdadeiro exército pacífico a serviço de Nossa Senhora.
2 – Estas informações foram recolhidas em um suplemento em “Defense du Foyer”, nº especial de primavera, 1965.

Revista dos Dominicanos de Avrillé: Le Sel de la Terre
Tradução Sr. Renato